terça-feira, 1 de setembro de 2009


Dia 9 de novembro.

 

Hoje sei que você vai morrer.

Inevitável.

O ato é inevitável.

Você diz que não agüenta mais, eu vejo.

Sei que acabou, o tempo, a madrugada mudou

e agora chega.

Não é mesmo?

Brindo sozinha à tua vida.

A tuas palavras, as que ficaram.

Vai, meu querido anjo torto.

Vai que a vida tem pressa

e a morte descansa.

Eu demorarei mais um pouco por aqui.

Qualquer hora (quem sabe?) eu te conheço.

 

               ***

escrevo num guardanapo.

por você.

porque escrevia em guardanapos

desejei um último brinde

por você

porque você partira antes de mim

adeus, amor, adeus, adeus

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