quarta-feira, 29 de julho de 2009


Numa noite de sexta-feira

                                                         pro Zé


Quando tudo já havia ocorrido

Todas as roupas guardadas

A mala pronta para nunca mais seguir ninguém

Quando a sensação era de terra estéril

A boca já havia secado

Acreditava nunca mais sentir fome e

era sereno meu olhar.

Sem esperar, sem querer

Caminhou ao meu lado

Disse. (Nem sei o que disse.)

A cor voltou às maçãs de meu rosto

e desisti de sentir calma.

2 comentários:

  1. nessas horas eu levanto uma plaquina que diz "eu já sabia!"
    haha

    belo poema, bela homenagem.

    bj

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  2. "E como o despertar depois de um sonho mau
    Eu vi o amor sorrindo em seu olhar
    E a beleza da ternura de sentir você
    Chegou sem correr
    Bem devagar..."


    O que dizer? O melhor de tudo é que a gente sabe: está tudo dito nessas horas de não palavras, né?

    Beijo nos dois.

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